Megaoperação no Rio

Vídeo mostra mulher feita refém por criminosos durante megaoperação no Rio

Imagens mostram momento em que bandidos obrigam vítima a filmar rendição
Por Larissa Cristovão - Estagiária sob supervisão 28/10/2025 - 18:42
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Reprodução
Mulher foi obrigada a filmar rendição durante megaoperação no Rio
Mulher foi obrigada a filmar rendição durante megaoperação no Rio

Durante a megaoperação desta terça-feira, 28, nos complexos do Alemão e da Penha, uma mulher foi feita refém por 26 criminosos em uma casa na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, segundo a Polícia Militar.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um dos bandidos manda a refém filmar a rendição do grupo, pedindo para que os policiais não atirem. Nas imagens, ele afirma que todos estão sem camisa e desarmados, e pede à polícia: “sem esculacho”.

O vídeo também mostra sangue nas paredes e um dos criminosos relatando que há um “amigo morto” no chão. Segundo a PM, agentes do Batalhão de Choque encontraram 19 fuzis dentro da casa e conseguiram libertar a mulher. Um suspeito morreu no confronto e os outros 25 foram presos e levados para a Cidade da Polícia.

A residência onde ocorreu o sequestro era usada como esconderijo por traficantes fortemente armados. Segundo os agentes, a vítima foi mantida refém enquanto o grupo tentava resistir à entrada das forças de segurança.

Em outro imóvel na mesma região, também na Vila Cruzeiro, policiais apreenderam cerca de 200 quilos de maconha. Com essa apreensão, o total de fuzis retirados das mãos de criminosos nesta terça-feira chegou a 75, elevando o recorde anual para 668 armas apreendidas em 2025, conforme o Instituto de Segurança Pública (ISP).

A Operação Contenção, que segue em andamento, já é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 64 mortos, entre eles quatro policiais, sendo dois civis e dois militares e 81 presos até o momento.

A ofensiva mobiliza cerca de 2,5 mil agentes estaduais para conter o avanço do Comando Vermelho (CV) em comunidades fluminenses. Entre os presos estão nomes apontados como estratégicos na facção, como Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quitungo”, e Nicolas Fernandes Soares, operador financeiro ligado a Edgar Alves de Andrade, o “Doca”.




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